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Sistemas eleitorais de todos os estados foram alvo de hackers russos em 2016, afirma Senado dos EUA

Documento do Comitê de Inteligência revela que ação russa foi mais ampla do que se tinha conhecimento

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Washington | The New York Times

O Comitê de Inteligência do Senado americano concluiu que os sistemas eleitorais de todos os 50 estados dos EUA foram alvos de ataques de hackers russos durante a eleição presidencial de 2016.

Segundo o relatório divulgado nesta quinta-feira (25), não foram encontradas evidências de que "votos tenham sido alterados ou que urnas eleitorais tenham sido manipuladas". O documento também relata que a ação russa não foi detectada por agentes estaduais e federais à época.

O ex-procurador especial Robert Mueller presta depoimento à Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados dos EUA
O ex-procurador especial Robert Mueller presta depoimento à Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados dos EUA - Saul Loeb - 24.jul.19AFP

Embora as autoridades americanas já tivessem conhecimento de ataques hackers que atingiram os estados de Illinois e Arizona, o relatório descreve os esforços da inteligência russa como muito mais amplos do que o governo federal havia reconhecido inicialmente. 

No caso de Illinois, o documento afirma que "agentes russos tinham condições de deletar ou mudar dados de eleitores".

Embora o relatório não adote tom crítico em relação às agências de inteligência americanas ou aos estados, o documento descreve uma série de falhas que levaram as ações russas a serem subestimadas.

Em alguns casos, alertas a autoridades estatais foram discretos demais, o que as levou a não reagir ou a rejeitar assistência do governo federal, segundo o relatório.

As conclusões do Comitê foram reveladas após menos de 24h do depoimento do ex-procurador especial Robert Mueller à Câmara dos Deputados. 

Mueller foi o responsável por investigar se houve conluio entre russos e a campanha do então candidato Donald Trump, assim como se o presidente obstruiu a Justiça durante a realização do inquérito. 

Em seu depoimento, o ex-procurador disse aos deputados que a Rússia se preparava para intervir nas eleições americanas de 2020 "neste exato momento em que estamos sentados aqui". 

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