Trump declara estado de emergência em Nova Orleans por risco de furacão

Tempestade Barry deve atingir o sul dos EUA na noite de sexta-feira

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Nova Orleans

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decretou estado de emergência ante a ameaça da tempestade tropical Barry sobre Nova Orleans, onde são esperadas fortes chuvas para esta sexta-feira (12).

Ainda é muito presente a lembrança da devastação provocada na cidade pelo furacão Katrina, em 2005.

Imagem de satélite mostra a tempestade tropical Barry sobre o golfo do México na tarde de quinta (11) - NOAA/RAMMB/AFP

O Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) afirmou que a tempestade deve atingir a categoria de furacão na sexta-feira à noite, ou na manhã de sábado, pouco antes de afetar a costa da Louisiana.

A força dos ventos subiu para 80 km/h, informou o NHC, que prevê "inundações potencialmente fatais" nas áreas costeiras e próximas aos rios.

"Vai ser um episódio de chuva extrema, que afetará grande parte da Louisiana", alertou o governador do estado, John Bel Edwards, que obteve a declaração de emergência por parte de Trump.

Decretada na quinta-feira à noite pelo presidente, a medida permite às agências federais participarem das tarefas de emergência.

Trump pediu aos moradores das áreas afetadas que sigam as recomendações das autoridades federais e locais. "Por favor, estejam preparados, tenham cuidado", escreveu no Twitter.

Em algumas ruas de Nova Orleans, moradores caminhavam com água na altura da panturrilha na quinta-feira (11). Várias pessoas limpavam a sujeira provocada pelas inundações diante de suas casas.

Mais de 16.500 imóveis estavam sem energia elétrica em todo estado na quinta-feira, de acordo com a Energy Louisiana. Uma área que vai da foz do rio Mississipi até Cameron, em Louisiana, está em alerta de furacão.

A prefeita de Nova Orleans, Latoya Cantrell, alertou os moradores da cidade e pediu uma "revisão de seus planos, kits de emergência" e que que permaneçam atualizados com as últimas previsões.

Na quinta-feira à noite, o olho da tempestade estava 145 km ao sudeste da foz do rio Mississipi. 

Sob uma brisa forte e constante, algumas lojas posicionavam sacos de areia na entrada, ou vedavam as janelas.

A região não enfrenta apenas grandes inundações, mas também a perspectiva de que a cheia do rio Mississipi faça a água superar os diques.

O nível do rio era de 4,9 metros em Nova Orleans na quinta-feira, a apenas 30 centímetros da possibilidade de inundação. O governo local anunciou que 118 bombas foram espalhadas pela cidade e operavam em capacidade máxima.

A previsão afirma que o Barry deve provocar ondas de entre 60 e 120 centímetros, o que pode fazer as águas do Mississipi superarem os seis metros de barreira que protegem a cidade de 400 mil habitantes.

Em 2005, o Katrina —o furacão mais letal e que provocou o maior prejuízo na história dos EUA— submergiu cerca de 80% da cidade, quando as defesas contra enchentes de Nova Orleans cederam.

Mais lembrado pela devastação causada em Nova Orleans, o Katrina também atingiu outras partes do estado de Louisiana, assim como Mississipi e Alabama, deixando 1.800 mortos e mais de US$ 150 bilhões em danos.

Se a tempestade se tornar um furacão, como previsto, será o primeiro da temporada do Atlântico, que vai de junho a novembro.

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