Uma petição pedindo a proibição da importação de bonecas sexuais em tamanho natural para a Coreia do Sul angariou quase 250 mil assinaturas até esta sexta-feira (2), ultrapassando o número de adesões a uma solicitação que exigia uma resposta do gabinete presidencial à questão.
Embora bonecas sexuais não sejam ilegais no país, as agências alfandegárias do governo bloqueiam a importação do produto sob uma lei que restringe materiais que “corrompam a moral pública”.
No entanto, a Alta Corte de Seul decidiu em janeiro que bonecas sexuais para uso pessoal deveriam ser tratadas diferentemente de pornografia, que é muito restringida pelas leis sul-coreanas.
A decisão, confirmada pela Suprema Corte do país em junho, causou reação adversa, e uma petição encaminhada à Casa Azul (sede do governo) recolheu mais de 237 mil assinaturas.
O autor não identificado da petição argumentou que o influxo de bonecas de sexo importadas poderia resultar em alta nos crimes sexuais.
Um porta-voz do departamento de alfândega em Incheon disse que o órgão havia autorizado importações do Japão, mas que a admissão de importações vindas da China ainda estava sob revisão.
O presidente da distribuidora que contestou a decisão anterior da alfândega disse que não tinha como oferecer números totais das importações de bonecas infláveis para a Coreia do Sul.
Mas Lee Sang-jin disse que, desde a decisão da corte, havia “muitos indivíduos” viajando ao exterior para trazer bonecas ao país. Lee é presidente-executivo da MSHarmony, uma subsidiária da MSIL Co.
As bonecas em tamanho natural podem custar de 1 milhão de won (cerca de R$ 3.223) a 20 milhões de won (R$ 64,4 mil), a depender de opções como pele de silicone, cor dos olhos e sistemas de aquecimento do corpo que as fazem parecer mais humanas.
O autor da petição argumentou que os traços personalizáveis de algumas bonecas podiam ser usados para criar cópias de pessoas reais, uma preocupação que Lee descartou como infundada.
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