O presidente francês, Emmanuel Macron, disse no domingo (25) que os líderes do G7 haviam concordado com uma ação conjunta em relação ao Irã, com o objetivo de desarmar as tensões e abrir uma nova negociação com Teerã.
"Nós concordamos com o que queríamos dizer em conjunto sobre o Irã", disse Macron à TV LCI. "Todo mundo quer evitar um conflito, Donald Trump foi extremamente claro sobre esse ponto."
Para o francês, o objetivo dessa aproximação deve ser a abertura de novas negociações.
Por volta das 14h10 (horário local), um avião oficial iraniano pousou em Biarritz, no sudoeste da França, onde se reúne a cúpula do G7.
De acordo com o histórico da aeronave, o avião esteve nos últimos dias nas capitais europeias visitadas pelo ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif.
Sua possível presença em Biarritz é considerada um acontecimento.
Na sexta-feira, dia em que Zarif esteve em Paris para se encontrar com Macron, o avião fez o trajeto Paris-Teerã, antes de decolar para Biarritz neste domingo.
Nenhuma fonte consultada pela agência de notícias AFP confirmou ou comentou a chegada deste avião a Biarritz.
A França lidera os esforços dos países europeus para a manutenção do acordo nuclear com o Irã, que reuniu cinco países do Conselho de Segurança da ONU para negociações concluídas em 2015 com o objetivo de desacelerar o programa nuclear do Irã.
Após a saída dos Estados Unidos do acordo em 2018 e a retomada de sanções de Washington, o Irã espera dos Estados remanescentes —China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha— esforços para amenizar as dificuldades impostas principalmente à venda de petróleo.
Já o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que apoia a decisão de suas contrapartes do G7, mas que os EUA devem ter iniciativas próprias em relação ao Irã e que não discutiu a ideia de ser Macron quem levaria a Teerã a mensagem na busca da diminuição de tensões internacionais.
No entanto, Trump disse que estava se dando bem com aliados na cúpula do G7, descartando relatos de desentendimento entre líderes e declarando que eles "respeitam" a guerra comercial entre Washington e Pequim, além de anunciar acordos e "reuniões muito boas" durante o encontro.
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