Ao menos 310 pessoas foram detidas pela polícia russa durante o quarto sábado seguido de protestos em oposição ao governo. De acordo com a ONG White Counter, aproximadamente 60 mil pessoas foram às ruas, em Moscou e em outras cidades, protestar por mais transparência nos processos eleitorais locais.
De acordo com a polícia, o número de manifestantes é de 20 mil.
A manifestação desse sábado (10) é tida como a maior ocorrida na Rússia nos últimos anos, de acordo com o site OVD-Info, que monitora protestos ao redor do mundo.
O site afirma que, até o momento, 81 pessoas foram presas em São Petersburgo e 229 em Moscou.
Esta mobilização supera em cerca de 40 mil pessoas a última dentre as autorizadas pelo governo, que reuniu 20 mil no dia 20 de julho.
As detenções têm sido uma marca da atuação policial contra os protestos. No dia 27 de julho, em um protesto não autorizado pela autoridade local moscovita, foram mais de mil prisões realizadas antes mesmo do início da manifestação.
A exclusão de 60 candidaturas independentes e da oposição para as eleições municipais russas em setembro tem sido o grande motivo das mobilizações, que ocorrem em meio à perda de apoio de Putin, há 20 anos no poder.
Os manifestantes exibiam cartazes com as frases "Deem-nos o direito ao voto" e "Mentiram para nós", além de fotos com ativistas detidos em outros protestos.
"Essa injustiça me deixa indignada em todos os níveis. Não deixam concorrer candidatos que apresentaram o número necessário de assinaturas. Prenderam pessoas por se manifestarem pacificamente", disse Irina Dargolts, 60, à AFP.
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