O consulado do Brasil em Zurique, na Suíça, amanheceu manchado com tinta vermelha, arremessada contra a entrada, as janelas e as portas do local.
O ataque foi registrado na manhã desta segunda-feira (23) pelo deputado suíço Claudio Schmid.
Ele publicou, em uma rede social, mensagem na qual acusa "radicais de extrema esquerda" como responsáveis pelo ataque.
A polícia de Zurique confirmou a ação, que ocorreu durante o fim de semana, e disse que há investigações em andamento, segundo o site de notícias suíço 20 Minuten.
Nesta terça-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro fará o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. O presidente tem sido questionado internacionalmente pela forma como lida com a questão ambiental.
Este foi ao menos o quarto ataque a postos diplomáticos do Brasil no exterior neste ano.
Em agosto, ativistas do clima do grupo Extinction Rebellion jogaram tinta vermelha na embaixada brasileira em Londres para protestar contra os danos à Amazônia e o que descreveram como "violência contra os povos indígenas que vivem lá".
A fachada da embaixada do Brasil em Berlim, na Alemanha, foi atacada duas vezes, em janeiro e em fevereiro. No primeiro ataque, os vidros foram pichados com a frase "Lutaremos contra o fascismo no Brasil".
Na segunda ação, a fachada foi pintada com tinta rosa.
Um autor não identificado divulgou um texto reivindicando a autoria, no qual afirma que a ação foi um ato de solidariedade "à resistência feminista, transgênero e antifascista no Brasil", ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e para marcar a data em que "o fascista Jair Bolsonaro" completou um mês no poder.
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