Israel legaliza colônia na Cisjordânia a dois dias das eleições

Primeiro-ministro, que busca ser reconduzido ao cargo, prometeu anexar todo o vale do Jordão se ganhar

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Jerusalém | AFP

O governo de Israel autorizou, neste domingo (15), a legalização de uma colônia na Cisjordânia ocupada, dois dias antes das eleições legislativas, cruciais para o futuro político do premiê Binyamin Netanyahu.

Israel decidiu "transformar a colônia selvagem de Mevoot Yericho, situada no vale do Jordão, em uma oficial", segundo informou o gabinete do primeiro-ministro, que busca a reeleição.

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O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu - Amir Cohen/Reuters

O partido conservador Likud, liderado por Netanyahu, enfrenta nas eleições desta terça (17) uma oposição acirrada do Partido Azul e Branco, liderado pelo ex-chefe do Estado-Maior do Exército Benny Gantz. As principais pesquisas de intenção de voto mostram os dois partidos empatados.

O premiê prometeu na semana passada que, se ganhasse, anexaria imediatamente todas as colônias do vale do Jordão, território estratégico que representa aproximadamente 30% da Cisjordânia ocupada e onde vivem cerca de 8.000 israelenses.

O anúncio foi duramente criticado por autoridades palestinas, que consideram a concretização da promessa como a morte do processo de paz na região.

Também houve críticas da classe política israelense, que é a favor da anexação, mas considera que o movimento foi feito com fins eleitorais.

Netanyahu fez promessa parecida às vésperas da última eleição legislativa, em abril. A formação de governo após o último pleito se revelou um fracasso para o premiê, que se viu obrigado a convocar novas eleições para dali a poucos meses.

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