Descrição de chapéu Venezuela

Novas fotos em que Guaidó estaria com supostos traficantes colombianos vêm à tona

Líder da oposição na Venezuela afirma que imagens não passam de montagem

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Caracas | AFP

Novas fotografias do líder opositor da Venezuela Juan Guaidó ao lado de supostos membros dos Los Rastrojos, grupo criminoso surgido na Colômbia após a dissolução das unidades paramilitares no país, foram divulgadas pelo governo venezuelano nesta sexta (20).

Os novos registros vêm à tona uma semana após a ONG colombiana Fundación Progresa publicar imagens semelhantes em uma rede social.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, mostra foto em que Juan Guaidó estaria com suposto membro do Los Rastrojos
O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, mostra foto em que Juan Guaidó estaria com suposto membro do Los Rastrojos - Matias Delacroix/AFP

Nas novas fotos, apresentadas na televisão estatal da Venezuela pelo ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, Guaidó aparece sendo abraçado por Jonathan Orlando García, conhecido como Patrón Pobre, e ao lado de Iván Posso Pedrozo, chamado de Nandito. 

Segundo o ministro, Posso, detido recentemente, relatou às autoridades venezuelanas como um grupo de membros do Los Rastrojos levou Guaidó para o território colombiano em 22 de fevereiro deste ano.

Naquele dia, Guaidó participou de um show beneficente na fronteira da Colômbia com a Venezuela em apoio à entrada de ajuda humanitária em seu país.

O ministro afirmou que as fotos foram tiradas pelos próprios paramilitares para chantagear Guaidó em um eventual governo de oposição a fim de traficar drogas.

Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, qualificou as imagens como "montagem" e negou as denúncias sobre sua suposta ligação com paramilitares colombianos.

"Esta nova montagem representa mais um capítulo na novela criada pelo regime usurpador para fustigar, perseguir e deter [seus adversários]", disse em nota.  

Quando as primeiras fotos foram divulgadas, Guaidó se defendeu afirmando que, ao longo da travessia até a cidade de Cúcuta, onde o evento ocorreu, tirou diversas fotos com muitas pessoas e que era impossível verificar quem fazia os pedidos.

"Interpretar erroneamente essas fotografias é jogar o jogo do regime de Maduro", disse na última semana. 

Nesta sexta, afirmou que o governo trata de incriminá-lo com "testemunhos forçados" para encobrir as denúncias sobre o apoio do ditador Nicolás Maduro a guerrilheiros colombianos.

 
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