Subiu para 50 o número de mortos nas Bahamas após a passagem do furacão Dorian, que atingiu o arquipélago na última semana e gerou imensa devastação.
Grande parte das vítimas foi encontrada nas ilhas Ábaco, uma das mais afetadas pela tempestade, informaram as autoridades nesta terça-feira (10). As equipes de resgate esperam que o número aumente à medida que as buscas avancem em meio aos escombros.
O furacão Dorian chegou às Bahamas com ventos de 300 km/h e permaneceu sobre o arquipélago por cerca de 24 horas, tornando-se como um dos mais fortes já registrados no Caribe.
Na última quinta (5), o primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Minnis, disse que a tempestade deixou uma "devastação geracional" no local.
Cerca de 70 mil pessoas precisam de comida e abrigo, segundo estimativa do Programa Mundial de Alimentos.
Diversos bahamenses já manifestaram o desejo de emigrar para os Estados Unidos em vez de enfrentar as incertezas de reconstruírem suas casas. No último domingo, dezenas deles foram barrados na Flórida ao desembarcar de uma balsa por não possuírem vistos americanos.
Outros imigrantes, no entanto, já tinham conseguido entrar no país apresentando apenas seus passaportes e provas de que não possuíam histórico criminal.
Após ser pressionado, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse na segunda (9) que seu governo estuda estender o Status de Proteção Temporária (TPS, em inglês) às vítimas do furacão Dorian que não puderem retornar de forma segura às Bahamas.
Um número crescente de congressistas americanos pede à gestão Trump que suspenda as exigências de vistos, uma medida que facilitaria a reunião das vítimas do furacão com seus parentes que moram nos EUA.
Ainda não está claro se o governo dos EUA, que vem numa escalada contra imigrantes, cederá.
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