Brasil dá aval para diplomata dos EUA assumir embaixada em Brasília

Antes de vir ao Brasil, Todd C. Chapman precisa ser sabatinado e confirmado pelo Congresso

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Brasília

O governo Jair Bolsonaro deu aval para que os Estados Unidos indiquem o diplomata Todd C. Chapman como o novo embaixador do país no Brasil.

O Itamaraty comunicou as autoridades americanas que o chamado agrément foi concedido. Dessa forma, Chapman deve ser oficialmente indicado pelo presidente Donald Trump para o posto.

Antes de vir ao Brasil, no entanto, ele ainda precisa ser sabatinado e confirmado pelo Congresso dos Estados Unidos.

O anúncio oficial da concessão do agrément deverá ocorrer após definição de uma data entre as autoridades brasileiras e americanas. 

O agrément é uma consulta secreta que um governo faz a outro antes de indicar um embaixador. É uma forma de um país manifestar, se for o caso, algum incômodo com o nome selecionado. 

Por ser uma formalidade e pela proximidade entre Bolsonaro e Trump, não havia expectativa de que o Palácio do Planalto viesse a colocar qualquer óbice à escolha do novo embaixador em Brasília. 

Chapman é membro de carreira no Departamento de Estado desde 1990. O último cargo do diplomata americano no exterior foi como embaixador no Equador. 

 
Não será a sua primeira passagem pelo Brasil. De 2011 a 2014, ele trabalhou na embaixada dos EUA em Brasília.

Ele também serviu nas embaixadas dos EUA no Afeganistão e em Moçambique, além de ter passado por postos na Bolívia, na Costa Rica, na Nigéria e em Taiwan.   

A missão diplomática dos EUA no Brasil está sem embaixador há quase um ano, com o fim da missão de Michael McKinley. Desde então, a embaixada tem sido comandada pelo encarregado de negócios, William Popp.

Imagem de perfil do ex-embaixador de terno
Michael McKinley, que deixou a missão diplomática no Brasil há quase um ano - Mark Wilson/Getty Images/AFP

A missão diplomática do Brasil em Washington também está sem embaixador, na espera da nomeação, pelo presidente Bolsonaro, do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a função.

Em agosto, os EUA deram o aval para a indicação dele. 

Filho do presidente da República, Eduardo é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara e tenta angariar votos a seu favor no Senado, onde precisará passar por uma sabatina e ser confirmado em uma votação para poder assumir o cargo na capital americana.    

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