Depois de uma confusa madrugada, o Peru amanhece nesta terça-feira (1º) com dois presidentes.
Um é Martín Vizcarra, que, usando recursos permitidos pela Constituição, dissolveu o Congresso e convocou novas eleições.
Outro, não oficial, é Mercedes Aráoz, até então vice-presidente de Vizcarra. Ela se voltou contra o líder peruano e aceitou um mandato oferecido pelo Congresso dissolvido, de maioria fujimorista (oposição).
Aráoz fez seu juramento diante do presidente do Congresso, Pedro Olaechea, logo depois que os parlamentares votaram uma moção de “afastamento temporário” de Vizcarra.
Diante de congressistas da Força Popular (partido fujimorista) e do Apra (centro-esquerda), Aráoz prometeu “iniciar uma etapa de convivência democrática e um acordo de governabilidade”.
Acrescentou que tem o “dever como cidadã, mulher, mãe e vice-presidente de assumir este mandato".
Vizcarra, porém, ignorou a atitude da ex-parceira política e não saiu do palácio de governo. Logo depois, na noite desta segunda (30), as Forças Armadas e a Polícia Nacional do Peru se reuniram com o presidente e emitiram comunicados em seu apoio.
“O chefe do comando conjunto das Forças Armadas e os comandantes gerais do Exército, Marinha, Força Aérea e Polícia Nacional reafirmam seu pleno respaldo à ordem constitucional e ao presidente Martín Vizcarra como chefe supremo da nação”, afirmou o documento.
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