Deputados chamam ex-assessor de segurança de Trump a depor no inquérito do impeachment

John Bolton foi demitido em setembro por divergências sobre Irã e Venezuela

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Washington | The New York Times

Os comitês da Câmara dos Deputados americana convidaram John Bolton, ex-conselheiro de segurança nacional do governo de Donald Trump, a depor no inquérito de impeachment do presidente.

Bolton foi demitido no início de setembro por divergências sobre a forma de conduzir a política externa americana em relação a IrãCoreia do Norte e Afeganistão.

Os deputados querem interrogar o ex-assessor sobre sua frustração com os aliados de Trump —incluindo o advogado pessoal do presidente, Rudy Giuliani— que pressionaram a Ucrânia a investigar democratas, segundo dois oficiais ouvidos pela reportagem. 

John Bolton, então assessor de segurança nacional de Donald Trump, durante reunião na Casa Branca
John Bolton, então assessor de segurança nacional de Donald Trump, durante reunião na Casa Branca - Mark Wilson - 10.set.2019/AFP

Bolton era o principal representante no governo da chamada linha-dura, que defende uma atuação mais enfática de Washington contra adversários geopolíticos e não descarta o uso da força militar. ​

Os comitês esperam que ele preste depoimento a portas fechadas na próxima quinta-feira (7/11). 

Dois servidores do Conselho Nacional de Segurança, John Eisenberg e Michael Ellis, foram convidados a testemunhar na segunda (4).

Nas últimas semanas, os deputados colheram uma série de depoimentos de oficiais e servidores ligados à chancelaria americana e à Casa Branca. Os esforços fazem parte do inquérito de impeachment de Trump, que foi iniciado após um denunciante anônimo relatar que o presidente pressionou seu par ucraniano, Volodimir Zelenski, a investigar seu principal rival político, o pré-candidato Joe Biden. 

A Câmara é dominada pelo Partido Democrata, do qual Biden faz parte. 

​Trump, a Casa Branca e a liderança republicana na Casa têm trabalhado nos bastidores para garantir que membros do partido apoiem o presidente na quinta-feira (31), quando os deputados votarão os procedimentos que serão adotados na condução da fase pública do inquérito de impeachment.

Desde o início do processo, republicanos criticam abertamente a iniciativa dos democratas.

Trump tem convocado seus aliados a defendê-lo das acusações. Ele nega que tenha violado a lei ao pedir a Zelenski que investigasse Biden e seu filho Hunter, que atuou no conselho de administração de uma empresa ucraniana quando seu pai era vice-presidente de Barack Obama.

A procuradoria de Kiev arquivou o inquérito envolvendo Hunter e afirmou não ter encontrado irregularidades. 

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