A crise econômica argentina foi o principal tema do primeiro debate na TV entre os candidatos à Presidência, que opôs o atual mandatário em busca de reeleição, Mauricio Macri, ao opositor e líder nas pesquisas, Alberto Fernández. O pleito ocorre em 27 de outubro.
"Presidente, inteire-se de que, quando terminar o mandato, terá deixado 5 milhões de novos pobres", disse Fernández a Macri. O governo, de acordo com o candidato kirchnerista, "fracassou rotundamente na economia".
Por sua vez, Macri afirmou: "Sei que no último ano a carga foi muito grande, em especial para a classe média. Estamos no ponto de partida para começar a crescer".
O presidente encerrará seu período de quatro anos na Casa Rosada com uma economia endividada e sob recessão, com 30% de inflação anual e um índice de pobreza de 35,4%, o mais alto desde o colapso financeiro de 2001.
Macri tentou fragilizar o adversário ao falar sobre a Venezuela. "Reconhecemos o presidente Juan Guaidó. Ser neutro é sinônimo de apoio à ditadura de Maduro", afirmou, em referência ao fato de a candidatura de Fernández não ter se manifestado a favor do líder opositor venezuelano, autoproclamado presidente interino.
"A Venezuela tem problemas. Mas, diferentemente do presidente, quero que os venezuelanos resolvam o problema. Espero que nenhum soldado argentino termine em terra venezuelana", respondeu Fernández, que rejeita a ideia de uma intervenção militar externa sobre Caracas.
Tendo como vice na chapa a ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015), Fernández venceu as primárias argentinas de agosto por 17 pontos de vantagem sobre Macri e é favorito na disputa. Após o embate em Santa Fé, o segundo debate será no próximo domingo (20), em Buenos Aires.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.