O governo venezuelano entregará uma mina de ouro a cada estado para financiar seu orçamento, anunciou na terça (15) o ditador Nicolás Maduro.
"Vou entregar uma mina de ouro em pleno processo produtivo, em plena capacidade produtiva, a cada governo" estadual, disse o líder venezuelano em rede nacional de TV.
O ditador destacou que os governadores terão "de imediato" os recursos provenientes das minas para investir nas necessidades de seus estados e assim contornar as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos.
A Venezuela tem 23 estados, sendo 19 governados por partidários do governo, além do distrito federal.
Em meio a uma disputa com o líder opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, Maduro é alvo de sanções do governo dos Estados Unidos que incluem um embargo petroleiro e o congelamento de ativos do país.
No início de agosto, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva que congela todos os bens do regime de Maduro nos EUA, em uma escalada da pressão sobre Caracas. Foi a primeira medida do tipo imposta por Washington em mais de 30 anos no hemisfério Ocidental.
A medida colocou o país sul-americano no mesmo patamar de nações como Coreia do Norte e Irã em termos de imposição de sanções.
As remessas feitas por venezuelanos a seus familiares ficaram protegidas, bem como envios de comida, remédios e roupas.
O governo Trump tem aumentado a pressão com o objetivo de retirar Maduro do poder.
Desde o acirramento da crise política venezuelana neste ano, os EUA já impuseram sanções a mais de cem indivíduos e entidades da Venezuela, incluindo a estatal petroleira PDVSA.
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