Confrontos entre policiais e manifestantes deixaram cinco mortos em Bagdá neste sábado (5), em uma retomada de atos contra o governo.
Segundo fontes policiais e médicas, o número de mortos após dias de violência é de ao menos 81 pessoas na capital e em outras cidades.
Para o Alto Comissariado Semi-Oficial de Direitos Humanos do Iraque, porém, o número já chega a 94.
Os novos confrontos acabaram com um dia de relativa calma depois que as autoridades suspenderam o toque de recolher na cidade.
A polícia atirou em manifestantes e várias pessoas foram feridas na parte oriental de Bagdá, segundo a agência de notícias Reuters.
Forças do governo também fizeram disparos na cidade de Nassiria, ao sul, onde ao menos 18 pessoas foram mortas durante a semana.
A crise é a mais mortal no Iraque desde a derrota do Estado Islâmico, em 2017, e abalou o governo de um ano do primeiro-ministro Adel Abdul-Mahdi.
Funcionários do governo se encontraram com líderes dos protestos para discutir as demandas, segundo o canal de televisão estatal iraquiano.
Os protestos, que foram motivados pela falta de emprego, de serviços e corrupção no governo, começaram nesta terça (1º) em Bagdá e rapidamente se espalharam.
O governo do país, porém, respondeu à crise com vagas promessas de reforma.
Nesta sexta (4), o presidente do Parlamento propôs melhorar a área de habitação pública, aumentar oferta de empregos para jovens e responsabilizar aqueles que mataram manifestantes.
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