Ao menos 33 são presos em Paris no primeiro aniversário dos coletes amarelos

Grupo perdeu relevância nos últimos meses, mas metade dos franceses acredita que movimento voltará a ganhar força

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Paris | AFP

A polícia usou um canhão de água e disparou gás lacrimogêneo em Paris para conter os milhares de manifestantes que marcavam o primeiro aniversário dos coletes amarelos, no sábado (16) pela manhã.

Na Place d’Italie, região sul da cidade, uma agência bancária e a fachada de um centro comercial foram vandalizados, diversas lixeiras e um carro foram incendiados e o mobiliário urbano foi danificado. Havia cerca de 3.000 manifestantes reunidos no local, segundo o jornal Le Monde.

“Não vamos retroceder. Seguimos aqui, mesmo que [o presidente Emmanuel] Macron não queira, seguimos aqui!”, entoavam os ativistas.

Manifestantes em protesto de aniversário de um ano dos coletes amarelos, em Paris - Charles Platiau/Reuters

“Seguimos mobilizados porque queremos um futuro melhor para nós e nossos filhos, a situação na França está cada vez pior”, disse à agência de notícias AFP Rémi, um funcionário público de 39 anos que não informou seu sobrenome.

Segundo ele, que viajou 250 km de Borgonha a Paris para participar das marchas, o pouco mais de um salário mínimo que ganha não é suficiente para sustentar seus dois filhos.

Confrontos também eclodiram próximo ao Arco do Triunfo, numa das principais regiões turísticas da cidade, onde manifestantes estavam concentrados antes de saírem em marcha.

Por causa da tensão, o comando da Polícia anulou uma caminhada autorizada a sair da região e se dirigir ao centro da cidade. Ao menos 33 pessoas foram presas.

No total, 270 manifestações foram convocadas em toda a França neste sábado.

Os protestos começaram em novembro de 2018 em função da alta dos combustíveis. No decorrer dos meses passaram a adotar pautas contra as reformas econômicas do governo de Macron.

Apesar de terem perdido relevância nos últimos meses, uma pesquisa recente do instituto Odoxa mostrou que um em cada dois franceses afirmam acreditar que os coletes amarelos vão ganhar força novamente.

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