O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, afirmou em vídeo publicado numa rede social que a sede de seu partido, o Voluntad Popular, foi invadida na noite desta sexta-feira (15).
Publicações no perfil oficial da legenda relatam que as 43 pessoas presentes foram feitas reféns e que os invasores portavam capuzes e armas pesadas.
"Já basta de amedrontar nossa gente [...]. Esse é o momento de sair às ruas!", diz Guaidó. Mais cedo nesta sexta, ele convocou protestos contra a ditadura de Nicolás Maduro para o sábado (16).
A suspeita dos opositores é que o grupo faça parte das forças de segurança ou de milícias paramilitares do regime de Nicolás Maduro.
"Presume-se que sejam das Faes [Forças especiais da polícia venezuelana], mas podem ser paramilitares, [membros do] Hizbullah, dissidentes das Farc", disse Guaidó, de acordo com as mensagens publicadas pelo partido.
Imagens mostram cerca de dez homens vestidos de preto e usando coletes à prova de balas e capuzes na mesma cor; um deles porta um capacete de motocicleta.
O embaixador de Guaidó nos EUA, Carlos Vecchio, afirmou que os suspeitos bateram nos reféns e roubaram seus pertences.
Em um vídeo, o grupo aparece entrando em uma sala e pedindo aos presentes que deitem no chão e entreguem os celulares. Um dos encapuzados tenta acalmar uma mulher dizendo a ela para não chorar.
Juan Andrés Mejía, deputado da Assembleia Nacional e membro da legenda, afirmou que há no local "indivíduos não identificados que portam armas pesadas. Meios de comunicação não podem entrar para saber o que está acontecendo".
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