México concede asilo a Evo Morales

Na embaixada mexicana em La Paz, ex-presidente boliviano estaria protegido de pedido de prisão

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Cidade do México | Reuters

O México concedeu asilo ao ex-presidente da Bolívia Evo Morales nesta segunda (11), informou em entrevista para a imprensa o chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, acrescentando que Evo aceitou a oferta do mandatário de seu país, Andrés Manuel López Obrador.

Ebrar disse ainda que o governo mexicano considera que a "vida e a integridade" do ex-presidente boliviano correm perigo. "Há alguns minutos recebi um telefonema do presidente Evo Morales. Ele solicitou formal e verbalmente asilo político em nosso país", completou.

O país já havia oferecido asilo a Evo no domingo (10), e anunciou ter recebido 20 integrantes do Legislativo e do Executivo da Bolívia em sua embaixada em La Paz.

Dentro da embaixada, ministros, deputados e senadores do partido MAS, de Evo, estão protegidos de pedidos de prisão, porque estão sob as leis do governo mexicano.

O ex-presidente boliviano, Evo Morales, durante entrevista coletiva
O ex-presidente boliviano, Evo Morales, durante entrevista coletiva - Bolivian Presidency/AFP

Ebrard explicou que o governo mexicano informará ao Senado sobre a situação na Bolívia e notificará o ministério boliviano do Exterior sobre a oferta de asilo com o objetivo de conseguir o salvo conduto para que Evo viaje ao México.

O chanceler não especificou quando ocorrerá a viagem ou se o governo mexicano enviará um avião oficial à Bolívia.

Evo renunciou à Presidência da Bolívia no domingo (10) em pronunciamento na televisão feito a partir da cidade de Cochabamba, após pressão das Forças Armadas e protestos intensos nas grandes cidades do país. Os demais nomes na linha sucessória também renunciaram.

Em paralelo, o ex-ministro de Governo Carlos Romero e a ex-ministra do Planejamento Mariana Prado estão refugiados na embaixada da Argentina em La Paz por razões humanitárias, informaram à agência de notícias AFP fontes diplomáticas argentinas. 

Além dos dois ex-ministros, está refugiado na embaixada argentina um terceiro ex-funcionário, de menor graduação. A segurança em torno da representação diplomática será reforçada por policiais. "As pessoas estão passando e atirando pedras", revelou um diplomata.

"A Argentina cumpre sua tradição de hospitalidade em situações de risco pessoal", completou outro funcionário.

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