O submarino americano Grayback, usado na Segunda Guerra Mundial, foi encontrado em Okinawa, no Japão. Com 80 marinheiros a bordo, ele estava desaparecido havia 75 anos.
O anúncio foi feito neste domingo (10) pelo explorador Tim Taylor e sua equipe do projeto Lost 52 —um grupo que tem como objetivo encontrar carcaças de submarinos perdidos.
A embarcação, porém, foi encontrada oficialmente no dia 5 de junho, a cerca de 1.427 pés de profundidade.
Com a ajuda de veículos subaquáticos autônomos, veículos operados remotamente e tecnologia avançada de imagem, a equipe descobriu o Grayback a cerca de 160 quilômetros da área onde se acreditava ter caído.
O submarino partiu de Pearl Harbor, nos EUA, em 28 de janeiro de 1944, para sua 10ª operação.
Cerca de um mês depois, no dia 18 de fevereiro, a embarcação informou ter afundado dois navios cargueiros japoneses. A ofensiva, entretanto, deixou o Grayback com apenas dois torpedos, o que fez com ele precisasse sair de combate e voltar para os EUA.
Esperado para chegar em Midway no dia 7 de março, o submarino ficou sem ser localizado por três semanas até ser declarado desaparecido em 30 de março de 1944.
Gloria Hurney, sobrinha de um dos tripulantes que morreu no naufrágio, Raymond Parks, disse à CNN, emissora de TV dos EUA, que não tinha mais esperanças de que o Grayback fosse encontrado.
Quando foi informada do achado, diz ter sentido uma mistura de choque, tristeza e pesar, sentimentos que, segundo ela, logo se transformaram em alívio, conforto e paz.
"A descoberta encerra as questões que cercavam o Grayback até o ponto em que ele afundou", disse Hurney. "Acredito que isso trará tranquilidade, pois parentes de tripulantes se reúnem para compartilhar suas histórias".
Também de acordo com a CNN, a Marinha dos EUA disse, em comunicado, que a descoberta da embarcação afundada é uma oportunidade para lembrar e honrar o serviço de seus marinheiros.
"Conhecer o local de descanso final leva ao fechamento, em parte, da espera de familiares e amigos dos tripulantes, além de permitir que nossa equipe entenda melhor as circunstâncias em que o submarino foi perdido", disse Robert S. Neyland, chefe do Departamento de Arqueologia Subaquática da Marinha dos EUA.
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