Turquia anuncia prisão de esposa de ex-líder do Estado Islâmico

Presidente Erdogan também disse ter detido irmã e cunhado de Abu Bakr al-Baghdadi, morto no dia 27

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Reuters

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou nesta quarta-feira (6) que prendeu a esposa do ex-líder do Estado Islâmico (EI) Abu Bakr al-Baghdadi, que morreu acuado pelas forças americanas na Síria no último dia 27. 

"Os Estados Unidos disseram que Baghdadi se matou em um túnel. Eles começaram uma campanha de comunicação sobre isso”, afirmou Erdogan.

"Mas eu estou anunciando aqui pela primeira vez: capturamos sua mulher e não fizemos um estardalhaço como eles. Nós também capturamos sua irmã e seu cunhado na Síria", disse, em um discurso na Universidade Ancara. Ele não deu detalhes.

Um alto funcionário turco disse mais cedo que a Turquia capturou a irmã de Baghdadi, seu marido e sua nora e esperava obter informações sobre o Estado Islâmico por meio dessas prisões.

No último dia 27, o presidente americano, Donald Trump, anunciou a morte de Baghdadi, afirmando que ele explodiu um colete que usava quando se viu acuado pelas forças americanas em um túnel no norte da Síria. 

No dia 31, a organização terrorista confirmou a morte de seu ex-chefe e prometeu novos ataques contra seus inimigos no exterior. Também anunciou um novo líder: um militante chamado Abu Ibrahim al-Hashimi al-Quraishi

Autoproclamado califa, Baghdadi liderava o EI desde 2010, quando ainda era uma ramificação da Al Qaeda no Iraque.

O grupo, que mudou seu nome para Estado Islâmico, ocupou o lugar da facção terrorista liderada por Osama Bin Laden. Seus sucessos militares iniciais e a propaganda eficaz levaram milhares de pessoas a se alistarem em suas filas

O EI reivindicou diversos ataques contra minorias religiosas e atentados violentos no mundo todo em nome de uma interpretação radical do islamismo, a exemplo dos atentados de Paris, em 2015, um dos piores da história recente da França, em que cerca de 130 pessoas morreram. 

Também realizaram ações em Nice, Orlando, Manchester, Londres, Berlim, Arábia Saudita e Egito.

Nos últimos anos, o Estado Islâmico perdeu a maior parte de seu território, o que tirou do grupo a base logística a partir da qual treinava combatentes e planejava ataques no exterior.

Especialistas em segurança, no entanto, afirmam que a facção continua sendo uma ameaça devido a operações e ataques clandestinos.

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