Em artigo para o site bolsonarista Terça Livre, o chanceler Ernesto Araújo alerta para a volta de uma suposta ameaça comunista nos países da América Latina.
No texto, Ernesto afirma que o “horizonte comunista” quer voltar a “estrangular” o Brasil, a Bolívia, o Chile, a Colômbia e o Equador e pretende levar “as trevas” para a Venezuela, Argentina e México, países onde uma ditadura de esquerda e governos de centro-esquerda estão no poder.
O chanceler diferencia um “horizonte comunista” do comunismo já propriamente instalado e diz que o “globalismo” é um instrumento para a construção do comunismo. Ernesto define globalismo como “a captura da economia globalizada pelo aparato ideológico marxista através do politicamente correto, da ideologia de gênero, da obsessão climática, do antinacionalismo”.
Para o ministro, não há dúvida de que a América Latina viveu dentro de um “horizonte comunista desde 2005, ou possivelmente desde um pouco antes, desde a vitória de Lula em 2002, ou desde a vitória de Chávez em 1999. Na verdade, esse horizonte começou a raiar com a criação do Foro de São Paulo, em 1991”.
Em seu longo texto sobre a suposta ameaça comunista no continente, Ernesto ataca também os “isentões” —gíria que descreve pessoas que não se alinham a nenhum partido ou ideologia. Ele afirma que os isentões só acreditam na “figura fictícia de um certo comunismo derrotado em 1989” e recusa-se terminantemente a reconhecer —muito menos a enfrentar— o projeto comunista real que atua hoje por toda parte.”
“A pressa com que hoje, no Brasil, os isentos correm para os braços da extrema esquerda e vice-versa, formando uma estranha “isentoesquerda”, é o sinal abjeto dessas afinidades profundas.”
De acordo com Ernesto, hoje em dia, há a construção de uma sociedade que é liberal apenas na superfície, com aparência de uma economia capitalista com instituições democráticas e direitos humanos, mas que, debaixo disso, esconde ideais comunistas, anticristianismo e manipulação da ciência.
“No Brasil estamos rompendo o horizonte comunista e reenquadrando o liberalismo no horizonte da liberdade”, diz Ernesto. Segundo ele, o horizonte comunista também está sendo rompido nos EUA, Reino Unido, Hungria, Polônia e alguns países da África –onde, para o ministro, a Igreja Católica deixou de fazer parte do “horizonte comunista”.
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