Morre mergulhador que ajudou a resgatar meninos em caverna na Tailândia

Oficial da Marinha contraiu infecção sanguínea durante a operação

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Um mergulhador da força de elite da Marinha da Tailândia que participou do resgate dramático de 12 meninos e seu técnico de futebol em uma caverna no ano passado morreu devido a uma infecção sanguínea que contraiu durante a operação, informou a Real Marinha Tailandesa na sexta-feira (27).

Imagem da Marinha tailandesa mostra militares durante resgate de um time de futebol de meninos que ficou preso na caverna de Tham Luang em junho do ano passado
Imagem da Marinha tailandesa mostra militares durante resgate de um time de futebol de meninos que ficou preso na caverna de Tham Luang em junho do ano passado - Marinha Real Tailandesa-23.jul.18/AFP

O suboficial Beiret Bureerak vinha recebendo tratamento, mas sua condição piorou, disse a Marinha em um comunicado.

Outro agente de resgate, o ex-mergulhador da Marinha e sargento Saman Kuman, morreu em meio à operação, após ficar sem oxigênio enquanto instalava tanques do gás para uma possível retirada do time a nado.

No dia 23 de junho de 2018, o técnico do time Javalis Selvagens, Ekapol Chanthawong, e 12 meninos foram explorar as cavernas de Tham Luang, na província de Chiang Rai, no norte, quando um temporal da estação de chuvas inundou o sistema de cavernas e os prendeu no subsolo.

Eles foram encontrados nove dias depois e sobreviveram durante esse tempo graças à água que pingava das rochas. Voluntários do exterior se uniram ao esforço de resgate, concluído em 10 de julho, quando os meninos e o treinador foram todos retirados ilesos.

O mundo inteiro acompanhou a operação, da qual participaram 10 mil pessoas, incluindo 2.000 soldados, 200 mergulhadores e representantes de cem agências governamentais.

Foram usados casulos plásticos, macas flutuantes e uma corda guia que içou os garotos e o técnico para que suas macas passassem sobre trechos de elevação rochosa.

Os meninos, com idade entre 11 e 16 anos, estavam presos a cerca de 4 km da entrada da caverna e a 800 metros de profundidade. 

Para retirá-los, foi preciso atravessar longos trechos totalmente debaixo d’água de baixíssima temperatura, mantendo-os os submersos por cerca da 40 minutos cada vez. Os garotos chegaram a ser sedados para evitar ataques de pânico.

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