O sindicato francês CGT —que reúne trabalhadores dos setores metroviário, de transporte, minas e energia e químico— ameaçou no domingo (15) duplicar os protestos contra o governo, a menos que este retire a proposta de reforma previdenciária dentro de uma semana.
O governo de Emmanuel Macron propõe que funcionários trabalhem dois anos extras para que recebam a aposentadoria integral. A proposta gerou protestos massivos no país, e metroviários em greve têm causado a paralisação parcial do transporte público e intermunicipal há 11 dias seguidos.
O primeiro-ministro, Edouard Philippe, afirmou ao jornal Le Parisien estar aberto a negociações e que se reuniria com os sindicatos nesta semana. Há novas manifestações previstas para a terça-feira (17).
Nos últimos dias, o governo está pressionando os sindicatos para que suspendam a greve para as festas de final de ano. “Uma greve renovável que faz uma trégua não existe”, disse Laurent Brun, secretário-geral do CGT, ao jornal Le Monde.
“Nosso movimento é apoiado por dois terços dos cidadãos”, completou.
Apesar da reunião que se aproxima, o governo mantém a sua determinação em realizar a reforma da aposentadoria chamada de "histórica" pelo presidente Emmanuel Macron. Ninguém parece acreditar em um acordo antes das festas de final de ano.
O tráfego ferroviário continua fortemente perturbado em todo o país. Em média, apenas 25% dos TGVs e trens internacionais circulam, 20% dos regionais e 30% dos suburbanos.
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