EUA pedem a americanos no Brasil 'cuidado extra' por tensão com Irã

Embaixada em Brasília diz a cidadãos para manterem discrição; alerta também ocorre em outros países

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São Paulo

A embaixada dos Estados Unidos no Brasil emitiu um alerta de segurança para cidadãos americanos no país por causa do aumento das tensões com o Irã.

No comunicado, a embaixada aconselha cidadãos americanos no Brasil a manterem a discrição, estarem alertas sobre seu entorno, ficarem alertas em locais frequentados por turistas, reverem seus planos de segurança pessoal e terem documentos de viagem atualizados e facilmente acessíveis.

Iranianos participam do funeral do general Qassim Suleimani na cidade natal do comandante, Kerman
Iranianos participam do funeral do general Qassim Suleimani na cidade natal do comandante, Kerman - Atta Kenare/AFP

“Há uma crescente tensão no Oriente Médio que pode resultar em riscos à segurança dos cidadãos dos EUA no exterior”, diz o alerta da embaixada.

A Guarda Revolucionária do Irã fez ataques com mísseis contra duas bases americanas no Iraque nesta terça-feira (7), em retaliação à morte do general iraniano Qassim Suleimani, no dia 3 de janeiro. Suleimani foi morto quando o comboio em que ele estava foi atingido por um ataque de drone determinado pelo presidente Donald Trump, perto do aeroporto de Bagdá, no Iraque. 

Avisos semelhantes foram feitos em inúmeras outras embaixadas americanas, entre elas a da China, do México, da Bolívia, da República Dominicana e da Alemanha. Na maioria delas, o governo americano classifica o risco como “nível 2” e pede que “tenham mais cuidado”.

Já na Argentina, não houve alerta de segurança, e a classificação de risco se manteve em 1 –“mantenha nível normal de precauções”.

Em outros países, o nível de alerta já havia sido elevado anteriormente –na Índia, no dia 4 de janeiro. E em nações da região, especialmente aliados dos EUA que são rivais do Irã, como Israel e Arábia Saudita, as recomendações para cidadãos americanos são de precauções ainda maiores. Em Israel, a representação americana cita o risco de mísseis.

No Iraque, desde 3 de janeiro, quando Suleimani foi morto por determinação do presidente americano, Donald Trump, a recomendação é que os cidadãos americanos deixem o país imediatamente.

Em relação ao Irã, desde 29 de dezembro, o Departamento de Estado orienta americanos a não irem para o país, citando risco de sequestro, prisão arbitrária e detenção. Como EUA e Irã não têm relações diplomáticas, não há embaixada americana em Teerã.

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