Ex-chanceler e líder cocaleiro são prováveis candidatos de partido de Evo nas eleições da Bolívia

David Choquehuanca e Andrónico Rodríguez devem ser anunciados oficialmente no domingo

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Montevidéu

Organizações sociais reunidas na cidade de El Alto, na Bolívia, resolveram nesta sexta-feira (17) apoiar a candidatura do ex-chanceler David Choquehuanca como presidente e do líder cocaleiro Andrónico Rodríguez como vice para as eleições do próximo dia 3 de maio.

A decisão desse setor, conhecido como Pacto de Unidade e que integra o MAS (Movimento ao Socialismo), do ex-presidente Evo Morales, ainda não é a escolha oficial do partido. O próprio Evo coordenará uma assembleia da sigla a ser realizada neste fim de semana, em Buenos Aires. A princípio, a divulgação oficial do nome do candidato do MAS só será feita no domingo.

“Será uma reunião do alto comando do MAS, com dirigentes de toda a nossa base de apoio, aí decidiremos quem serão os candidatos. E vamos ganhar essa eleição”, disse Evo à imprensa argentina.

O ex-chanceler boliviano David Choquehuanca - Ueslei Marcelino 08.aug.17/Reuters

O ex-presidente divulgou no Twitter, também nesta sexta-feira, um documento em que cita como pré-candidatos do partido quatro nomes: além de Choquehuanca e Rodríguez, o ex-ministro da Economia Luis Arce e o diplomata Diego Pary, que foi embaixador da Bolívia na OEA (Organização dos Estados Americanos).

O tuíte traz uma foto de Evo reunido em Buenos Aires com três desses políticos (Andrónico não aparece, apesar de seu nome estar no texto). 

Choquehuanca foi chanceler durante a gestão do ex-líder indígena entre 2006 e 2017. Entre os episódios pelos quais ficou conhecido, está o dia em que acompanhou a então chanceler venezuelana Delcy Rodriguez em sua invasão de uma reunião do Mercosul, depois que a Venezuela foi suspensa do bloco. Choquehuanca é um forte defensor da ditadura de Nicolás Maduro.

Apesar de terem a entrada impedida pelo país anfitrião do encontro, a Argentina, Choquehuanca e Rodríguez enfrentaram os guardas do palácio San Martín, em Buenos Aires, e entraram na sala de reuniões —mas os demais chanceleres haviam saído por outra porta.

Rodríguez é visto como um “um novo Evo”, por ser da mesma região do ex-presidente e por ter a mesma origem no sindicalismo de produtores de coca.

Evo confia muito nele, tanto que o rapaz herdou a custódia de Ringo, o cão do ex-presidente, quando este deixou o país após sua renúncia.

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