Um atropelamento deixou 12 soldados israelenses feridos na madrugada desta quinta-feira (6) na região central de Jerusalém, no que as autoridades locais afirmam ser um ataque terrorista.
O veículo que avançou contra o grupo de militares em uma zona boêmia da cidade foi posteriormente encontrado abandonado em Beit Jala, cidade palestina na Cisjordânia. O suspeito segue foragido.
Um dos soldados está em situação grave, e os outros 11 tiveram ferimentos leves, de acordo com o jornal Haaretz.
Também na Cisjordânia, o Exército israelense abriu fogo contra manifestantes na cidade de Jenin, matando um palestino de 19 anos e deixando outros sete feridos.
O grupo protestava contra a demolição da casa de um homem acusado de terrorismo.
A tensão segue elevada na região desde que o presidente americano, Donald Trump, anunciou, na semana passada, um plano para o conflito entre Israel e palestinos.
A proposta, que prevê a anexação de assentamentos israelenses nos territórios palestinos ocupados, foi celebrada pelo governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.
Em resposta, o líder da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, decidiu romper as relações com Estados Unidos e Israel.
A facção palestina Hamas, que controla a faixa de Gaza, comemorou o suposto atentado em Jerusalém, dizendo se tratar de uma “resposta” ao plano patrocinado pelos Estados Unidos.
ATAQUES NA SÍRIA
Também nesta quinta, a Força Aérea israelense conduziu ataques aéreos perto de Damasco, capital da Síria, contra alvos do regime de Bashar al-Assad.
As autoridades sírias disseram ter interceptado a maioria dos mísseis e informaram que oito soldados ficaram feridos. Já o grupo oposicionista Observatório Sírio dos Direitos Humanos afirmou que 12 soldados morreram na operação.
Nos últimos meses, Israel vem intensificando sua campanha de ataques em território sírio para conter a presença de combatentes treinados pelo Irã na região.
Em outra frente de batalha na Síria, as tropas de Assad, apoiadas pela Rússia, estão conduzindo uma ofensiva militar contra o último bastião rebelde na província de Idlib.
A batalha, capítulo final de uma guerra civil que já dura oito anos, forçou 520 mil civis a fugir da região desde dezembro, de acordo com a Organização da Nações Unidas.
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