Às vésperas de eleição, Israel anuncia construção de 1.800 casas de colonos na Cisjordânia

Moradias em território em disputa dificultam formação territorial de um Estado palestino

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Jerusalém

O governo de Israel aprovou a construção de cerca de 1.800 residências em colônias na Cisjordânia, informou nesta quinta-feira (27) o Ministério da Defesa.

"Não daremos um centímetro de terra israelense aos árabes. E, para isso, temos de construir ali", disse o ministro da Defesa, Naftalí Bennett.

Casas de assentamento israelense de Kedumim, perto da cidade palestina de Nablus, na Cisjordânia - Ronen Zvulun - 20.fev.2020/Reuters

Na terça (25), o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, havia anunciado a construção de outras 3.500 habitações em uma área sob disputa na Cisjordânia. Há cerca de 600 mil colonos israelenses em terras pleiteadas pelos palestinos como parte de seu território. 

A comunidade internacional advertiu repetidas vezes que a construção de casas para judeus na região chamada de corredor E1, que liga Jerusalém a Jericó, dividirá ao meio a Cisjordânia e compromete a continuidade terrestre de um futuro estado para a Palestina.

Israel terá eleições gerais em 2 de março. A coalização Yemina, de extrema direita e integrada pelo ministro da Defesa, disputará votos com o Likud, de Netanyahu, que busca a reeleição.

O premiê venceu nas urnas em duas eleições realizadas em 2019, mas não conseguiu apoio para formar governo, o que levou à realização do terceiro pleito seguido.

O premiê também enfrenta um processo judicial. Ele foi indiciado por corrupção, recebimento de propina, fraude e quebra de confiança.

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