Indicado para a embaixada do Brasil nos EUA, o diplomata Nestor Forster recebeu na noite desta sexta-feira (13) o diagnóstico de coronavírus.
Forster estava na comitiva do presidente Jair Bolsonaro que viajou a Miami de sábado (7) a segunda-feira (10) e se encontrou com o presidente dos EUA, Donald Trump, para um jantar em Mar-a-Lago, no sul da Flórida.
O diplomata já tinha decidido se colocar em quarentena nesta quinta-feira (12), depois que o secretário de Comunicação do Planalto, Fabio Wajngarten, havia sido confirmado com o coronavírus.
Aos 57 anos, Forster estava se sentindo bem e ainda não apresentava sintomas fortes quando retornou de Miami. Os resultados dos exames, porém, indicaram a presença do vírus e, por orientação médica, ele vai prolongar o período de isolamento por mais duas semanas.
Esse é o terceiro caso confirmado de coronavírus na comitiva de Bolsonaro. Além de Wajngarten e Forster, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) afirmou que seu teste para o vírus deu positivo, assim como a advogada do presidente, Karina Kufa.
Forster, que já teve sua nomeação a embaixador aprovada ela Comissão de Relações Exteriores do Senado —falta o aval do plenário da Casa—, acompanhou Bolsonaro na maioria dos compromissos do presidente na Flórida e, na terça-feira (10), os dois tomaram café da manhã em uma sala reservada no hotel onde estavam hospedados em Miami.
O diplomata foi ao jantar com Trump e se sentou à mesa com os presidentes e mais nove convidados, entre eles, os ministros Augusto Heleno (GSI), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), além do filho de Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, e da filha e do genro de Trump, Ivanka Trump e Jared Kushner.
Bolsonaro, por sua vez, afirmou nesta sexta que seu exame para o coronavírus deu negativo. O presidente brasileiro, no entanto, vai passar por um novo teste e se encontra em isolamento no Palácio da Alvorada.
Após a confirmação do caso de Wajngarten, a Casa Branca afirmou que Trump não faria o teste em razão do secretário brasileiro porque "quase não teve interação" com ele. A Folha questionou o governo americano sobre haver alguma mudança de posição a partir de agora, mas ainda não houve retorno.
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