O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, não conseguiu convencer os líderes do Afeganistão nesta segunda-feira (23) a formar um governo de união e anunciou pouco depois um corte de US$ 1 bilhão (R$ 5,14 bilhões) em ajuda ao país.
Pompeo fez uma visita surpresa de oito horas a Cabul e se reuniu com o presidente Ashraf Ghani e com o líder opositor Abdullah Abdullah.
Nas últimas eleições presidenciais do país, em setembro do ano passado, Ghani obteve a maioria absoluta de votos. Mas Abdullah disse que houve fraude durante o processo e se proclamou vencedor da disputa, mesmo sem apresentar evidências.
Pompeo encorajou os dois líderes a "fazer compromissos pelo bem do povo afegão", de acordo com um comunicado do Departamento de Estado dos EUA. O impasse, no entanto, não se resolveu.
Diante do fracasso, o secretário de Estado disse que a situação "supõe uma ameaça direta aos interesses americanos" e decidiu cortar a ajuda americana ao governo do Afeganistão.
"Estamos prontos para cortar mais US$ 1 bilhão em 2021", completou.
A retirada progressiva das tropas americanas do país, entretanto, continua segundo o previsto, afirmou Pompeo. A medida faz parte do acordo entre Washington e Taleban fechado em fevereiro deste ano.
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