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EUA monitoram aumento de casos no Brasil e não descartam restrição de voos

Governo americano também está preocupado com disseminação de no Equador

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Washington

O governo dos Estados Unidos tem monitorado o crescimento vertiginoso dos casos confirmados de coronavírus no Brasil e não descarta restringir os voos entre os países.

De acordo com um integrante do Departamento de Segurança Nacional americano, não deve haver proibição de voos da América Latina como um todo com destino aos EUA, como foi feito com a Europa, mas o governo Donald Trump tem olhado com preocupação para países como Brasil e Equador de maneira individual.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante entrevista coletiva sobre a resposta de seu governo à pandemia de coronavírus
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante entrevista coletiva sobre a resposta de seu governo à pandemia de coronavírus - Eric Baradat - 22.mar.20/AFP

O primeiro caso de coronavírus no Brasil foi confirmado em 26 de fevereiro e, desde o início de março, o aumento tem sido exponencial. Nesta segunda-feira (23), o país registrava mais de 1.800 casos, com 34 mortos, enquanto os EUA já passavam de 40 mil casos e 458 mortes.

O assessor do governo americano disse acompanhar esse aumento significativo de casos confirmados de maneira acelerada no Brasil e no Equador (este com mais de 500 casos registrados) e que a atenção dispensada a essas regiões é a mesma que foi dada à Europa há algumas semanas.

Em 11 de março, Trump anunciou a suspensão de voos vindos da zona Schengen (que reúne 26 países europeus) aos EUA e, poucos dias depois, incluiu Reino Unido e Irlanda à medida restritiva.

Dessa forma, baniu a entrada de não residentes e estrangeiros vindos dessas regiões e disse que poderia estender o prazo de 30 dias, caso fosse necessário.

Os voos vindo da China, onde surgiu o primeiro caso confirmado do vírus, foram suspensos no fim de janeiro.

Na semana passada, Trump afirmou que estava fechando parcialmente as fronteiras dos EUA com Canadá e México. A partir de então, somente "tráfego essencial" ficaria permitido, sem prejuízo, ressaltou o presidente, das relações comerciais entre os países.

Analistas têm afirmado que o presidente americano aproveita da pandemia para colocar em marcha diversas políticas que não necessariamente teriam apelo —e aceitação— se não fosse um estado de emergência.

Nesse sentido, o integrante do governo Trump ressaltou ainda que a América Latina tem a questão da imigração e que os EUA têm intensificado os voos de repatriação com cidadãos de países como Guatemala, Honduras, El Salvador, Equador e Brasil que tentaram entrar sem documentos em território americano.

Para tentar conter o avanço da pandemia, diversos estados americanos já adotaram medidas de isolamento e restrição de circulação de pessoas, como Nova York, que concentra mais de 20 mil casos confirmados.

Inicialmente, Trump minimizou a crise, mas há duas semanas tem adotado tom mais grave ao falar do vírus e anunciou diversas medidas além das restrições de voos e atividades nas fronteiras.

A Casa Branca tenta aprovar no Congresso um pacote de ajuda fiscal de US$ 1,8 trilhão (R$ 9,25 trilhões), que vai incluir o pagamento direto de dinheiro aos americanos, entre outras propostas.

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