Juiz ordena libertação de ex-informante do WikiLeaks da prisão

Chelsea Manning havia tentado se matar em cadeia da Virginia um dia antes da decisão

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Washington | Reuters

A ex-analista de inteligência e fonte do WikiLeaks Chelsea Manning deve ser solta da prisão, ordenou um juiz federal americano nesta quinta (12). Não há informações sobre se ela já está em liberdade.

Manning havia tentado se matar na cadeia da Virginia onde está presa na quarta (10), sendo hospitalizada logo em seguida. Ela está em recuperação, de acordo com seus advogados.

Tudo isso aconteceu dias antes de uma audiência, marcada para esta sexta (13), mas cancelada, na qual o pedido de soltura de Manning seria avaliado.

A ex-analista foi presa em 2013 após ser considerada culpada por espionagem devido ao vazamento de documentos militares secretos ao WikiLeaks, site fundado por Julian Assange.

Sua pena de 35 anos foi comutada pelo presidente Barack Obama, mas ela voltou a ser presa em maio do ano passado por ter se recusado a prestar novo depoimento à Justiça.

A ex-agente de inteligência militar Chelsea Manning em entrevista para a imprensa em Alexandria, Virginia - Eric Baradat/AFP

O juiz Anthony Trenga, de Alexandria, na Virginia, informou em sua decisão que não era mais necessário que Manning comparecesse perante o júri, "tendo em vista que sua detenção não serve mais a nenhum propósito coercitivo".

Trenga, no entanto, negou um pedido da ex-agente para anular multas que ele havia imposto pela recusa em testemunhar. Ela terá de pagar cerca de US$ 256 mil.

Enquanto isso, em Londres, uma audiência de extradição para Julian Assange está em andamento.

Ele enfrenta 18 acusações nos EUA, incluindo conspiração para invadir computadores do governo e violação de lei de espionagem. Ele pode passar décadas preso se for condenado por tribunais americanos.

Nascido na Austrália, ele ficou conhecido em 2010, quando o Wikileaks publicou um vídeo militar dos EUA mostrando um ataque de 2007 por helicópteros em Bagdá que matou uma dúzia de pessoas.

Nos anos seguintes, a organização divulgou milhares de documentos militares e diplomáticos e se tornou uma plataforma para o vazamento de materiais secretos.

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