O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, pediu a formação de um governo de união nacional de emergência para lutar contra o coronavírus e ordenou que a maioria das escolas do país feche como precaução.
"Estamos alterando nossa rotina interna para lidar com uma ameaça externa, a ameaça do vírus", disse Netanyahu, 70, nesta quinta (12).
Escolas de ensino primário e secundário serão fechadas. Universidades já haviam adiado o início do ano letivo.
O mandato do líder de direita está em dúvida após três eleições em menos de um ano, nas quais seu partido saiu vencedor, mas não conseguiu formar uma coalizão de governo com as outras siglas do Parlamento.
Pedindo por um governo de unidade, ele disse que seria "um governo de emergência por tempo limitado, e juntos lutaremos para salvar as vidas de dezenas de milhares de cidadãos".
O principal rival de Netanyahu, o centrista Benny Gantz, líder do Partido Azul e Branco, afirmou estar disposto a discutir de maneira responsável a proposta.
Ele completou que qualquer governo desse tipo deveria ser "amplo" para representar todos os lados da sociedade israelense.
Nem Netanyahu nem Gantz tem clara maioria no Legislativo após as últimas eleições, realizadas no dia 2 de março.
No início desta semana, a travessia da Ponte Allenby —entre a Jordânia e a Cisjordânia— foi fechada, no que as autoridades israelenses disseram ser um esforço conjunto de palestinos, israelenses e jordanianos para impedir a proliferação do coronavírus.
A companhia aérea El Al vai suspender boa parte de seus voos a partir de domingo (15), mas ainda manterá rotas regulares para EUA, Canadá, Inglaterra, França e África do Sul.
O grupo islâmico palestino Hamas, que controla Gaza, disse que restringiria as viagens com o Egito e Israel para todos os casos, exceto os mais urgentes, a partir de sexta-feira, e qualquer pessoa que entrar em Gaza seria colocada em "quarentena obrigatória".
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