O presidente americano, Donald Trump, anunciou novas diretrizes para a contenção da pandemia de coronavírus nos EUA. Reuniões com mais de dez pessoas devem ser evitadas, bem como viagens e a ida a bares, restaurantes e praças de alimentação.
As medidas, anunciadas nesta segunda (16), valem para todo o país pelos próximos 15 dias e refletem a gravidade da situação, com governos em todo o mundo fechando as suas fronteiras e limitando o tráfego aéreo somente ao essencial.
Um toque de recolher nacional não está em questão neste momento.
"Tomamos a decisão de endurecer ainda mais as diretrizes e atenuar a infecção agora", disse Trump a repórteres na Casa Branca. "Preferimos estar à frente da curva do que atrás dela."
"Parece-me que se nós fizermos um trabalho realmente bom, traremos as mortes para um nível que é muito mais baixo do que se não fizermos um bom trabalho, mas as pessoas estão falando de julho, agosto", completou, referindo-se à duração da crise.
Junto ao presidente estava o médico Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas. Ele salientou que algumas das medidas tomadas pela Casa Branca eram inconvenientes, mas que impediriam o espalhamento do vírus.
Se os americanos seguirem as normas, haverá uma "diferença dramática" no número de contágios, corroborou Deborah Brix, coordenadora de um comitê da Casa Branca criado para lidar com a crise.
Segundo ela, uma das medidas mais importantes é a autoquarentena de todos os membros de uma família por 14 dias, caso alguém fique doente.
O presidente enfrentou críticas pela maneira com a qual lidou com a pandemia, depois de minimizar sua gravidade nos primeiros dias da disseminação do vírus no país.
Mas o tom de sua fala para a imprensa nesta segunda foi mais sombrio, denotando uma mudança de postura de seu governo, que no domingo (15) havia dito que tinha "tremendo controle" sobre a crise.
Na sexta (13), os EUA declararam estado de emergência nacional, medida que permite ao Executivo usar US$ 50 bilhões para combater a pandemia.
Trump pediu que os estados ativem centros de emergência para ajudar a combater o vírus, e, com a nova medida, cerca de 5 milhões de novos testes de coronavírus serão disponibilizados, embora o republicano tenha pedido que exames sejam realizados apenas por quem apresentar sintomas.
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