A China enviou uma equipe com médicos para a Coreia do Norte para aconselhar sobre questões relacionadas ao ditador do país, Kim Jong-un, de acordo com três fontes próximas do caso, que não quiseram se identificar devido à sensibilidade do assunto.
A ajuda ocorre em meio ao suspense sobre a saúde do dirigente norte-coreano. No início da semana, o site Daily NK publicou que Kim se recuperava no hospital após ter passado por um procedimento cardiovascular, afirmava uma fonte anônima, que estava na Coreia do Norte.
A delegação chinesa é liderada por um membro do alto escalão do Departamento de Relações Internacionais do Partido Comunista Chinês. Segundo duas pessoas ouvidas pela Reuters, eles deixaram o país nesta quinta-feira (23).
O setor é o principal responsável pelas relações entre China e Coreia do Norte. A Reuters não obteve retorno nem do departamento nem do chanceler chinês.
Devido ao isolamento norte-coreano, não se sabe o estado de saúde de seu líder. Durante esta semana, autoridades da Coreia do Sul e um oficial chinês do Departamento de Relações Internacionais contestaram relatos de que a situação de Kim seria grave.
O presidente dos EUA, Donald Trump, também minimizou o assunto. “Acredito que a notícia [sobre a saúde de Kim] estava incorreta”, afirmou, nesta quinta. Ele não disse, no entanto, se entrou em contato com o norte-coreano.
Nesta sexta (24), uma fonte sul-coreana disse a Reuters que a inteligência do país havia identificado que Kim estava vivo e deveria aparecer em público em breve.
Já um oficial próximo à inteligência americana disse que se sabia de problemas de saúde do dirigente do país asiático, mas que não havia razões para concluir que estava seriamente doente ou sem condições e reaparecer em público.
Segundo o relatório do Daily NK, Kim foi para o hospital depois de presidir uma reunião do Partido dos Trabalhadores no dia 11 de abril, quando foi visto publicamente pela última vez.
Ele não foi visto nas comemorações que marcam o nascimento do fundador do país e avô do dirigente, Kim Il Sung, em 15 de abril, que incluem o disparo de mísseis de curto alcance.
Tais eventos militares geralmente contariam com a presença de Kim, e não havia nenhuma notícia na agência estatal norte-coreana KCNA sobre os testes.
Especula-se que o líder norte-coreano tenha 36 anos de idade. Sua saúde teria se deteriorado nos últimos meses devido ao excesso de cigarro, à obesidade e à sobrecarga de trabalho, informou a reportagem do Daily NK.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.