Às vésperas do Ramadã, Paquistão suspende restrições em mesquitas

Medidas de segurança, como uso de máscara para conter coronavírus, devem ser cumpridas por fieis

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Islamabad | Reuters

O Paquistão suspendeu neste sábado (18) as restrições às orações em mesquitas, mas estabeleceu uma série de condições de segurança para evitar a disseminação do coronavírus no país, dentre as quais a obrigatoriedade do uso de máscaras por fiéis.

O país do sul da Ásia, a segunda nação muçulmana mais populosa do mundo, havia imposto as restrições há menos de um mês, pelas quais no máximo cinco pessoas podiam entrar em mesquitas para rezar.

A decisão de suspender as limitações, tomada em uma reunião entre o presidente Arif Alvi e os líderes religiosos, ocorre a menos de uma semana do começo do mês sagrado muçulmano do Ramadã, no qual o tamanho das congregações geralmente aumenta.

Muçulmanos rezam na cidade de Karachi, no Paquistão - Akhtar Soomro 17.abr.2020/Reuters

Com 200 milhões de habitantes, o Paquistão registrou até agora 7.638 casos do vírus e 143 mortes. Especialistas em saúde alertam que as congregações representam a maior ameaça à infra-estrutura limitada de assistência médica do país.

Também foi decidido que os fiéis devem manter uma distância de dois metros um do outro —em vez da prática muçulmana habitual de orar ombro a ombro—, e que as administrações das mesquitas desinfetarão as instalações regularmente.

O governo estava sob pressão para reverter as restrições. Foram registrados confrontos entre fiéis e a polícia em Karachi, a maior cidade do país.

No início desta semana, clérigos ameaçaram violar as proibições, dizendo que orações eram essenciais para os muçulmanos e deveriam ser permitidas desde que fossem observadas medidas de segurança.

Se as novas diretrizes de segurança forem violadas, o governo pode voltar atrás na decisão.

O primeiro-ministro Imran Khan anunciou na terça-feira (14) a prorrogação da quarentena por mais 14 dias. Ele avisou em entrevista na TV neste sábado que o Paquistão pode ter o pico da epidemia de coronavírus em meados de maio.

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