O governo espanhol anunciou a retomada do funcionamento de fábricas e construções a partir de segunda-feira (13), após duas semanas de paralisação.
As lojas não essenciais e escritórios continuarão fechados, e a orientação para que todos trabalhem de casa quando possível será mantida pelo menos até o dia 26 de abril.
Para evitar um aumento de contágio com a volta parcial à atividade, o governo vai distribuir máscaras de proteção nas estações de metrô e trem.
Segundo o Ministério da Saúde, a retomada gradual será possível porque os números mostram alívio da sobrecarga dos hospitais.
A Espanha é o segundo país com maior número de casos confirmados (157.022) de coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em número de mortes (15.843), atrás de Itália e EUA.
Em relação à população, porém, a Espanha supera todos os grandes países, com 34 mortes por 100 mil habitantes.
Entre quinta e sexta-feira, 605 pessoas morreram com o vírus, um decréscimo em relação às 24 horas anteriores.
A taxa de crescimento de novos casos é de 3%, em comparação com uma média diária de 12% no final de março e 20% em meados de março.
Nas últimas semanas, tem crescido o número de países europeus que planejam retomada gradual de suas atividades ou criaram uma comissão específica para estudar essa possibilidade.
Eslováquia e República Tcheca já reabriram algumas lojas não essenciais, e Áustria, Noruega, Dinamarca e Bélgica divulgaram seus planos de relaxamento de algumas das restrições.
A União Europeia também prepara um planejamento estratégico comum, com parâmetros que deveriam ser considerados pelos países ao estudar possíveis reaberturas.
Entre as orientações de especialistas estão a necessidade de acompanhar a evolução da transmissão no país e a capacidade de atendimento dos hospitais.
Medir a taxa de infecção e imunidade também é importante, pois uma parcela maior de pessoas já imunizadas reduz a velocidade de contágio.
Médicos e cientistas também têm recomendado que, mesmo com a retomada de atividades, medidas de proteção como distanciamento, uso de máscara e lavagem das mãos sejam reforçadas e mantidas.
As reaberturas também devem ser feitas passo a passo, dizem pesquisadores de doenças transmissíveis: a cada flexibilização, é preciso esperar ao menos duas semanas para avaliar os efeitos, segundo eles.
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