Usando máscaras, balançando bandeiras negras e mantendo distância segura, milhares de israelenses protestaram neste domingo (19) contra o premiê Binyamin Netanyahu sob restrições estritas em decorrência do coronavírus.
Netanyahu está sendo acusado em três casos de corrupção, mas nega ter cometido irregularidades.
Ao mesmo tempo, o premiê também negocia um acordo de compartilhamento de poder com seu rival Benny Gantz para formar um governo de coalizão que encerraria um ano de impasse político após três eleições inconclusivas.
Os protestos foram permitidos mesmo com as restrições adotadas por Israel, desde que os participantes mantivessem a distância de um metro e usassem máscaras.
Sob a bandeira de "salve a democracia", os manifestantes pediram que o partido Azul e Branco de Gantz não se junte a uma coalizão ao lado de um primeiro-ministro acusado de corrupção.
Gantz fez campanha por um governo limpo, mas disse que a crise do coronavírus o forçou a recuar em sua promessa eleitoral.
Uma estimativa feita pela agência de notícias Reuters estima que alguns milhares de manifestantes participaram do comício na praça Rabin, em Tel Aviv. A mídia israelense calcula o número em cerca de 2.000 pessoas.
Israel registrou mais de 13 mil casos de coronavírus e 172 mortes. Um bloqueio parcial confinou a maioria dos israelenses a suas casas, forçou as empresas a fecharem e fez a taxa de desemprego subir para cerca de 26%.
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