Peru vai prender quem divulgar notícias consideradas falsas sobre a pandemia

Aqueles que espalharem Covid-19 de propósito podem ficar até 20 anos na cadeia

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Lima | AFP

O Peru vai punir com pena de três a seis anos de prisão quem promover ou difundir notícias consideradas falsas que busquem gerar pânico em meio à pandemia de coronavírus, comunicou o governo nesta quarta (8).

"Quem desinformar os cidadãos com notícias falsas para obter um benefício ou perturbar a tranquilidade do público será punido com prisão", disse o Ministério da Justiça em sua conta no Twitter.

O Peru é o primeiro governo da América Latina a adotar uma medida do tipo.

Por outro lado, há o temor de que as autoridades considerem uma notícia danosa ao governo e se valham dessa justificativa para prender quem a divulgou.

Mulher usa máscara em mercado de Lima - Sebastian Castaneda 4.abr.2020/Reuters

O aviso se soma ao anúncio, feito em 29 de março, de que os pacientes de Covid-19 deverão cumprir 20 anos de prisão caso propaguem a doença de propósito.

A medida foi adotada depois de dois pacientes fugirem de um hospital e ameaçarem contaminar agentes de polícia caso os atrapalhassem.

As autoridades peruanas agora instaram a população a compartilhar apenas informações oficiais sobre a disseminação e a evolução do vírus, que totalizou 4.342 infectados e 121 mortes no país até esta quinta (9), segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

O governo procura amortecer a disseminação de notícias falsas sobre supostos saques de alimentos, entre outras questões, no contexto da quarentena em vigor desde 16 de março e que segue até pelo menos 26 de abril.

Os peruanos estão confinados e sob toque de recolher noturno, com fronteiras fechadas e sem comércio, exceto os que vendem produtos essenciais, como comida e medicamentos.

Aqueles que espalharem notícias falsas para obter benefícios econômicos também serão presos, completou o governo.

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