O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (21) desejar o melhor ao ditador norte-coreano, Kim Jong-un, enfatizando que os rumores sobre seus possíveis problemas de saúde não foram confirmados.
"Desejo-lhe o melhor", disse à imprensa na Casa Branca, destacando seu "bom relacionamento" com o líder da Coreia do Norte. "Se o seu estado de saúde é como o relatado pela mídia, é muito sério", afirmou.
"Ninguém confirmou isso... Não sabemos nada", disse Trump. Em seguida, acrescentou que espera ver Kim com boa saúde.
A ausência do líder norte-coreano em fotos oficiais das comemorações, em 15 de abril, pelo 108º aniversário do nascimento de seu avô Kim Il-sung, fundador do atual regime, alimentou especulações sobre seu estado de saúde.
O Daily NK, site de notícias dirigido por norte-coreanos dissidentes no exílio, publicou que Kim passou por uma cirurgia neste mês, por problemas cardiovasculares decorrentes de "fumo excessivo, obesidade e sedentarismo" e estava se recuperando.
Citando uma autoridade americana, a CNN informou por sua vez que Washington obteve informações de que Kim estaria em estado grave após uma cirurgia.
A mídia estatal da Coreia do Norte não divulgou notícias sobre o paradeiro de Kim até esta quarta (22) pela manhã na hora local (noite de terça no Brasil). Houve apenas um registro de que ele enviou presentes de aniversário a cidadãos renomados.
Especialistas que estudam o país apontam que os relatos sobre a saúde de Kim são difíceis de confirmar, mas que sua inédita ausência nos eventos de aniversário do avô são um sinal de que algo errado teria acontecido.
A apuração de notícias na Coreia do Norte é bastante difícil, pois o governo restringe a circulação de informações e a presença de estrangeiros.
Uma importante autoridade sul-coreana citada pela agência de notícias Yonhap disse, sob condição de anonimato, que não era verdade que Kim está gravemente doente.
A última aparição pública do ditador, registrada por fotos oficiais, foi no dia 11 de abril, quando ele presidiu uma reunião do gabinete político do partido, durante a qual pediu medidas mais rigorosas para combater o novo coronavírus.
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