Casa Branca antecipa veto a entrada de cidadãos não americanos que passaram pelo Brasil

Medida passa a valer na madrugada de quarta-feira, dois dias antes do previsto

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Washington | Reuters

A Casa Branca anunciou nesta segunda-feira (25) que antecipou em dois dias o início das restrições de viagens para os Estados Unidos de pessoas que passaram pelo Brasil.

O anúncio original previa que a medida começaria a valer a partir das 23h59 de quinta-feira (28), no horário dos EUA. Com a alteração, o início da restrição foi remarcado para 23h59 de terça (26).

Washington não informou as razões para a mudança.

Donald Trump, presidente dos EUA, durante cerimônia do Memorial Day realizada no forte McHenry, em Baltimore
Donald Trump, presidente dos EUA, durante cerimônia do Memorial Day realizada no forte McHenry, em Baltimore - Joshua Roberts/Reuters

A restrição engloba todos os cidadãos não americanos que tenham passado pelo território brasileiro nas últimas duas semanas.

Há exceções para os portadores de green cards (residência permanente nos EUA), cônjuges, filhos e irmãos de americanos residentes no país e para estrangeiros que viajem a convite do governo americano, além de integrantes de tripulação aérea.

Os americanos impuseram medidas similares à China e a países da Europa ao longo de março.

O presidente Jair Bolsonaro é um dos poucos líderes que seguiram a postura de seu par americano, Donald Trump, na abordagem da pandemia. Ambos criticaram os pedidos de distanciamento social e de fechamento de estabelecimentos, além de divulgarem drogas cuja eficácia não é comprovada.

A Casa Branca informou no domingo (24) que as restrições ajudariam a garantir que estrangeiros não levem infecções para os EUA, mas não serão aplicadas ao fluxo de comércio entre os dois países.

O conselheiro de Segurança Nacional de Trump, Robert O'Brien, disse na ocasião que as medidas são necessárias para proteger o povo americano e que espera que sejam temporárias.

Os Estados Unidos têm o maior número de casos confirmados da Covid-19 no mundo (mais de 1,6 milhão), seguidos pelo Brasil, com 374.898.

Erramos: o texto foi alterado

Versão anterior do texto afirmava incorretamente que o número de casos confirmados de coronavírus nos EUA era 1,6 bilhão. O número correto de infecções é 1,6 milhão. 

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