Governo de coalizão liderado por Netanyahu e Gantz assume em Israel

Dois líderes irão se revezar no poder; acordo colocou fim à crise política no país

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Jerusalém | AFP

O governo conjunto liderado pelo primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu, do Likud, e por Benny Gantz, do partido centrista Azul e Branco, tomou posse, neste domingo (17), após receber o voto de confiança do Parlamento, encerrando 500 dias de crise, marcados por três eleições sem vencedor.

O acordo que possibilitou a aliança entre os dois políticos acabou com o impasse político mais longo da história recente de Israel.

O primeiro-ministro conservador Binyamin Netanyahu (dir.) conversa com o centrista Benny Gantz
O primeiro-ministro conservador Binyamin Netanyahu (dir.) conversa com o centrista Benny Gantz - Adina Valman/Knesset/AFP

O panorama que se apresenta ao novo governo tem entre os desafios uma economia severamente abalada pela crise do novo coronavírus. Israel registra mais de 16.500 casos de infecção e 268 mortes.

"As pessoas querem um governo de união, e é isso que terão hoje", afirmou Netanyahu aos parlamentares antes da moção de confiança.

O acordo de união prevê uma divisão igual dos ministérios entre os dois lados e a manutenção de Netanyahu no posto de primeiro-ministro.

Apesar da vitória política, o premiê segue sendo investigado por corrupção e enfrentará um julgamento a partir do final de maio que deve se estender pelos próximos 18 meses.

O primeiro-ministro foi indiciado em janeiro por acusações de suborno, fraude e quebra de confiança. Ele nega qualquer irregularidade nos três casos.

Em 17 de novembro de 2021, Gantz assumirá o cargo de premiê por um período semelhante.

Os dois líderes terão liberdade para distribuir as pastas entre seus aliados. Com mais de 30 ministros, este será o maior governo da história do país, e talvez também o mais caro, como afirmam líderes que se opçõem ao acordo.

Além do coronavírus, outro desafio que o novo governo precisa enfrentar é o projeto de anexar partes do vale do rio Jordão, onde há colônias israelenses em meio a moradias palestinas.

O movimento faz parte de um controverso plano de paz anunciado em janeiro por Netanyahu e Donald Trump, presidente dos EUA, mas elaborado sem a participação dos palestinos.

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