O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta terça-feira (5) que seu governo esteja por trás de uma suposta conspiração para invadir a Venezuela e derrubar o ditador Nicolás Maduro.
"Acabei de ser informado", disse o líder americano a repórteres no gramado da Casa Branca. "Não tem nada a ver com o nosso governo."
Na segunda-feira (4), Maduro disse que dois americanos foram detidos por participarem de uma tentativa de invasão por mar. O líder chavista mostrou passaportes e outros documentos de Luke Denman, 34, e Airan Berry, 41, na televisão estatal.
Oito pessoas teriam morrido na operação, segundo Caracas.
A Casa Branca "não tem nada a ver com o que aconteceu na Venezuela nos últimos dias", disse o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper.
O regime venezuelano ratificou suas acusações contra os Estados Unidos nesta terça-feira, vinculando Trump a um ex-militar, Jordan Goudreau, que fundou uma empresa privada de segurança e defesa chamada Silvercorp USA.
Caracas diz que os americanos presos trabalhavam para essa empresa.
"Hoje, o presidente Donald Trump negou qualquer tipo de relacionamento entre a Silvercorp e seu governo, mas Jordan Goudreau está servindo de segurança para o presidente dos Estados Unidos", disse o ministro da Comunicação venezuelano, Jorge Rodríguez, ao divulgar uma fotografia de 18 de outubro de 2018 com Goudreau perto de Trump em um evento em Charlotte, na Carolina do Norte.
A AFP não encontrou a imagem em uma pesquisa na conta @silvercorpusa numa rede social.
O ministro também mostrou a captura de um vídeo do encontro, com Goudreau ao seu lado.
"Aqui ele está muito perto do presidente dos Estados Unidos, o sr. Jordan Goudreau", disse.
Na segunda-feira, o Ministério Público acusou o líder da oposição, Juan Guaidó, sob suspeita de ter contratado mercenários com fundos venezuelanos bloqueados pelas sanções de Washington para financiar a tentativa de invasão.
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