A Arábia Saudita confirmou, nesta segunda (22), a realização da tradicional peregrinação do Hajj.
O ritual anual, que ocorre no final de julho, é um dos maiores encontros religiosos no mundo, mas corria risco de ser cancelado devido à pandemia do novo coronavírus.
Desta vez, no entanto, a Arábia Saudita não receberá as cerca de 2 milhões de pessoas que costumam passar pelo país devido à peregrinação. Neste ano, o encontro será restrito a pessoas que residem na Arábia Saudita, segundo a agência de notícias do governo saudita.
O total de participantes também deve ser limitado, mas o número não foi divulgado.
A decisão foi tomada para evitar a disseminação da Covid-19, considerando o aumento no número de casos ao redor do mundo, a falta de vacina e a dificuldade de manter o distanciamento social entre o elevado número de peregrinos que vêm de outros cantos do mundo, segundo nota emitida pelo ministério do Hajj e Umrah.
“Essa decisão foi tomada para assegurar que o Hajj seja realizado de maneira segura, observando todas as medidas preventivas e os necessários protocolos de distanciamento social para proteger seres humanos dos riscos associados à esta pandemia e em acordo com os ensinamentos do Islã em preservar a vida dos seres humanos”, diz a nota.
Neste domingo (21), a Arábia Saudita iniciou o fim de um toque de recolher nacional que durou três meses para uma reabertura em fases.
Em março, o país implementou medidas restritivas de circulação para evitar a disseminação da Covid-19.
Na maioria das cidades, as pessoas só tinham permissão para sair de casa para compras essenciais e urgências médicas.
Algumas medidas permanecem, como a proibição de reuniões com mais de 50 pessoas e a manutenção do fechamento de fronteiras.
O país de 33,7 milhões de habitantes registrou 157 mil casos e 1.267 mortes até o momento.
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