Milhares de pessoas, segundo estimativa da polícia, reuniram-se na tarde deste sábado (20) para protestar na Argentina contra as medidas impostas pela gestão de Alberto Fernández no combate à pandemia do coronavírus. Os atos também reclamavam da situação econômica do país.
Com bandeiras nacionais, camisetas da seleção de futebol mas sem máscaras, os manifestantes foram às ruas em Buenos Aires, Rosario, Córdoba, Avellaneda e na Patagônia, entre outras localidades.
Na capital argentina, houve passeata desde o Obelisco até a Praça de Maio, diante da Casa Rosada, sede do poder presidencial.
Ao redor da residência de Olivos, onde o presidente realiza quarentena após ter entrado em contato com funcionários infectados, também houve buzinaços e gritos de "queremos liberdade" e "queremos trabalhar".
Convocados pela internet, os protestos tinham duas pautas principais: criticar a quarentena —que se aproxima do centésimo dia— e reclamar da tentativa de Fernández de expropriar uma empresa privada, a Vicentín, de alimentos agropecuários, com a justificativa de "manter a soberania alimentária do país".
O caso da intervenção da Vicentín está sendo analisado pela Justiça.
Os protestos reuniram também outras questões, como os casos de corrupção relacionados ao kirchnerismo e a libertação de presos durante a pandemia.
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