O CEO da Netflix, Reed Hastings, e sua esposa, Patty Quillin, anunciaram, nesta quarta-feira (16), uma doação de US$ 120 milhões (R$ 627 milhões) a universidades e instituições dedicadas à educação de estudantes negros.
A doação será destinada à Spelman College, à Morehouse College e ao United Negro College Fund (UNCF), que financia bolsas de estudo para alunos negros.
A quantia doada por Hastings é considerada a maior contribuição individual já registrada para apoiar as chamadas HBCUs, coalizão de instituições criadas para oferecer ensino superior a jovens e adultos negros quando a segregação racial nos Estados Unidos era escancarada em lei.
Uma das razões para isso é que as pessoas ricas tendem a doar para as instituições onde estudaram. Assim, universidades que formam bilionários tendem a seguir recebendo amplas doações, enquanto outras instituições mais voltadas à inclusão social acabam desfavorecidas.
Hastings também tem dado apoio a escolas e à formação de professores na Califórnia e criado medidas para contratar mais negros para a Netflix.
A empresa diz ter hoje cerca de 7% de funcionários negros, e 8% de negros em cargos de chefia, percentual acima da média nas grandes empresas de tecnologia, segundo o jornal The New York Times.
O combate ao racismo ganhou força nas últimas semanas, após uma onda de protestos contra a morte de George Floyd, homem negro sufocado por um policial branco.
Os atos começaram pedindo o fim da violência policial, mas passaram a incluir outras pautas, como o aumento de oportunidades para os negros e a retirada de homenagens a figuras ligadas à escravidão, tanto nos EUA quanto na Europa.
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