O Japão e o Brasil são parceiros estratégicos globais que compartilham valores fundamentais como a liberdade, a democracia, o respeito aos direitos humanos e ao Estado de Direito.

São os valiosos laços interpessoais entre as duas nações que compõem o fundamento dessa estrita relação amistosa, nutrida pelos cerca de 2 milhões de descendentes de japoneses no Brasil, maior comunidade nikkei fora do Japão, e pelos 200 mil brasileiros que vivem no Japão.

O dia 18 de junho é o Dia da Imigração Japonesa, data em que os primeiros imigrantes japoneses chegaram ao Porto de Santos, em 1908.

Apesar das árduas dificuldades que os imigrantes e seus descendentes tiveram de superar, eles têm realizado contribuições consideráveis para o progresso do Brasil.

Um exemplo é a contribuição no desenvolvimento agrícola brasileiro, no âmbito do projeto de cooperação que transformou o Cerrado, conhecido na época como “terra estéril”, em uma das maiores regiões de produção agrícola do mundo.

Parabenizo, aliás, pioneiros e brasilienses pelos 60 anos da construção de Brasília, cidade localizada no Cerrado.

Na ocasião da construção de Brasília, os descendentes de japoneses responderam ao pedido do então presidente Juscelino Kubitschek para cooperar na produção de verduras e frutas que sustentam o consumo na capital.

Atualmente, os descendentes de japoneses contribuem em variadas áreas. Têm conseguido a confiança da sociedade brasileira pela sua dedicação, e reitero meu respeito a tal empenho.

A comunidade nipo-brasileira é uma importante ligação no intercâmbio que divulga a cultura, as virtudes e os valores nipônicos no Brasil, despertando o interesse pelo Japão.

Por outro lado, a comunidade nipo-brasileira está mudando com o decorrer do tempo. Em primeiro lugar, destaco atividades promovidas por descendentes de japoneses das jovens gerações.

Em São Paulo, por exemplo, os jovens nikkeis realizam a limpeza das cidades, herdando o valor da cultura de limpeza e higiene do Japão.

Em Brasília, jovens estão promovendo um projeto para fortalecer o "networking" entre os empresários nipo-brasileiros. O governo japonês apoiará tais atividades que levam a despertar e a manter sua identidade como descendentes de japoneses.

Também continuará ampliando projetos de intercâmbio que aprofundem os laços entre os que são o futuro do Brasil e os jovens do Japão.

Em segundo lugar, saliento que brasileiros não descendentes de japoneses que compartilham afinidade pelo Japão também participam de atividades da comunidade nipônica.

Um exemplo é a participação em um projeto que identifica e transmite a identidade nipônica, promovido principalmente pelos jovens em São Paulo. Espero que mais brasileiros não descendentes fomentem atividades como essas em suas comunidades.

Lembro da importância dos laços interpessoais que conectam o Japão e o Brasil e renovo nossa determinação de desenvolver ainda mais nossa relação em cooperação com o governo brasileiro.