Papa Francisco menciona atos nos EUA e diz que toda forma de racismo é intolerável

Pontífice também afirma que 'nada se ganha' com reações violentas como as registradas nos últimos dias

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Vaticano | AFP

Em uma mensagem na qual se referiu aos protestos nos Estados Unidos após a morte de George Floyd, o papa Francisco afirmou nesta quarta-feira (3) que considera intolerável qualquer forma de racismo e condenou a violência registrada em parte das manifestações.

"Não podemos tolerar nem fechar os olhos diante de nenhuma forma de racismo ou de exclusão e pretendemos defender o caráter sagrado de toda vida humana", disse Francisco em sua audiência, antes de afirmar que "nada se ganha" com reações violentas como as registradas nos últimos dias.

"A violência das últimas noites é autodestrutiva (...). Nada se ganha com a violência e muito se perde", afirmou em mensagem aos fiéis americanos. ​

Papa Francisco menciona protestos antirracismo nos EUA durante audiência semanal - Vatican Media via Reuters

"Acompanho com grande preocupação os dolorosos distúrbios sociais que estão acontecendo em sua nação nos últimos dias, após a trágica morte do senhor George Floyd", disse o pontífice.

Francisco afirmou que estava rezando ao lado da Igreja dos Estados Unidos e de seus fiéis "pelo descanso da alma de George Floyd e de todos os demais que perderam suas vidas pelo pecado do racismo".

"Rezamos pelo conforto das famílias e amigos enlutados e rezamos pela reconciliação nacional e a paz que ansiamos."

Milhares de americanos têm tomado as ruas em todo o país desde a semana passada para protestar contra o racismo e a violência policial.

Os atos começaram após a morte de Floyd, um homem negro, que teve o pescoço prensado por um policial branco na cidade de Minneapolis. A ação foi registrada em vídeo e gerou indignação nas redes sociais.

O presidente dos EUA, Donald Trump, acusa os manifestantes de serem "bandidos" devido a episódios de saques e vandalismo em alguns dos protestos. Na segunda-feira (1º), ameaçou enviar militares para reprimir as manifestações, mas o número de ativistas só cresceu desde então.

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