A rede de varejo Walmart anunciou nesta terça (23) que não irá exibir a bandeira do estado do Mississippi em suas lojas enquanto não chegarem ao fim os debates sobre uma possível mudança no design do emblema estadual.
As discussões giram em torno da necessidade de excluir da bandeira do estado um símbolo confederado —criticado por ativistas que têm agido para remover monumentos, emblemas e estátuas que homenageiam figuras colonialistas, imperialistas e escravocratas.
A reação vem na esteira dos protestos antirracistas e contra a violência policial depois da morte de George Floyd —um homem negro sufocado por um policial branco que permaneceu ajoelhado em seu pescoço por quase nove minutos.
As forças confederadas eram o exército que defendia o regime escravagista e representava o sul dos Estados Unidos —que inclui o Mississippi— na guerra civil ocorrida no país de 1861 a 1865.
Reunindo mais de 500 mil membros em mais de 2.100 igrejas, a Convenção Batista do Mississippi pediu às autoridades estaduais que adotem uma nova bandeira —eles dizem que os legisladores têm a obrigação moral de remover o símbolo confederado por ele ter "machucado e humilhado" tantas pessoas.
O Walmart também anunciou que, após muitas reclamações nas redes sociais, vai analisar se produtos que contêm frases como "todas as vidas importam", disponíveis em suas lojas virtuais, estão de acordo com as regras da plataforma.
O slogan é utilizado por opositores do movimento "Black Lives Matter" (vidas negras importam, em inglês).
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