O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, convocou uma reunião extraordinária de seu partido neste sábado (25) para discutir "uma emergência que ocorreu na cidade de Kaesong", informou a agência de notícias estatal KCNA.
Segundo o órgão, uma pessoa que havia desertado para a Coreia do Sul três anos atrás voltou para o país cruzando ilegalmente a fronteira e está com suspeita de Covid-19.
Caso seja confirmado, será o primeiro caso reconhecido oficialmente pelas autoridades norte-coreanas, que, até agora, dizem que o país não tem nenhum caso de coronavírus.
Kim declarou estado de emergência e impôs um "lockdown" na cidade de Kaesong, na fronteira com a Coreia do Sul, afirmando tratar-se de "uma situação crítica em que o vírus cruel poderia ter entrado no país", segundo a KCNA.
A agência estatal informou que a pessoa fez exames, que "deram resultados incertos", e foi colocada em quarentena. Todos os que tiveram contato com ela serão investigados.
A Coreia do Norte recebeu milhares de kits de exame de Covid-19 da Rússia e fechou suas fronteiras. Milhares de pessoas estavam em isolamento total, que foi relaxado recentemente.
Nas últimas semanas, as autoridades norte-coreanas intensificaram sua campanha de críticas a desertores que vão para a Coreia do Sul, chamando-os de "escória" e instando Seul a combater grupos que enviam propaganda e alimentos para o norte.
Kim deu ordem para que se conduza uma investigação das unidades militares posicionadas na fronteira onde a pessoa cruzou ilegalmente para "aplicar uma punição severa e adotar as medidas necessárias".
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