Descrição de chapéu Coronavírus China

Hong Kong obriga uso de máscaras, fecha restaurantes e proíbe reuniões de mais de 2 pessoas

Com ajuda de Pequim, ex-colônia vai construir hospital de campanha para ampliar atendimentos

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Hong Kong | Reuters

O aumento de novos casos de coronavírus em Hong Kong levou a administração local a impor medidas mais restritivas para tentar conter a propagação da doença. Com a ajuda de Pequim, a ex-colônia britânica também vai construir um novo hospital de campanha para atender pacientes infectados.

Nesta segunda-feira (27), o secretário-chefe de Hong Kong, Matthew Cheung, anunciou as novas regras: máscaras obrigatórias em todos os lugares públicos, inclusive ao ar livre, fechamento dos restaurantes e proibição de reuniões com mais de duas pessoas.

Autoridades alertaram que a população se tornou muito relaxada quanto ao uso de máscaras e não tem respeitado as orientações de manter o distanciamento social.

"A situação é muito preocupante", disse Cheung, acrescentando que o atual surto é o mais grave que a cidade sofreu desde o início da pandemia.

As novas medidas de restrição entram em vigor na próxima quarta-feira (29) e devem durar uma semana.

Pedestres caminham usando máscaras de proteção em Hong Kong - Anthony Wallace - 27.jul.20/AFP

Pelo sexto dia consecutivo, Hong Kong confirmou mais de cem novos casos da Covid-19. Nesta segunda, foram 145 novos registros, dos quais 142 tiveram transmissão local confirmada.

É o maior número de infecções diárias no território desde os primeiros casos, em fevereiro. Ao todo, Hong Kong soma 2.779 contágios e 20 mortes.

Segundo a emissora pública RTHK, a Autoridade Hospitalar de Hong Kong disse que os novos casos da Covid-19 estão superando a capacidade dos hospitais públicos.

Por isso, o governo local também anunciou, nesta segunda-feira, a instalação de um novo hospital de campanha no território, construído com a ajuda de Pequim.

De acordo com o escritório diplomático da China, o objetivo é desafogar o atendimento das unidades hospitalares já existentes e aumentar a capacidade de testagem da cidade.

A ajuda do governo central chinês vem em um momento de tensão política entre Pequim e Hong Kong.

A nova lei de segurança nacional, aprovada pelo regime de Xi Jinping no final de junho, gerou mais uma onda de protestos no território semiautônomo e críticas da comunidade internacional a uma possível supressão de direitos individuais.

A legislação controversa almeja combater a secessão, a subversão e o terrorismo em Hong Kong, termos que autoridades tanto do território quanto de Pequim vêm usando cada vez mais em relação às manifestações pró-democracia, que se repetem desde junho do ano passado.

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